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Entrevista Noticias Magazine

Organizar uma casa não é tarefa fácil. Ao longo dos anos, as coisas vão-se acumulando e torna-se cada vez mais complicado conseguir criar um espaço harmonizado. A arquiteta Paula Margarido, 47 anos, começou a estudar Feng Shui em 2008. Tornou-se docente na área e criou a empresa Link to Balance, especializada em consultoria de arquitetura e feng shui. Escrever um livro foi o passo seguinte.

 

Destralhe a sua Casa é lançado em março e, com o seu livro, a arquiteta e consultora espera fornecer as «ferramentas necessárias para as pessoas fazerem uma limpeza geral às suas casas».

Viver num ambiente desarrumado afeta a energia, tanto a nível emocional como profissional. Qualquer espaço deve «estar livre de tralha, de tudo o que possa trazer recordações menos boas», defende a autora. Esta é uma das formas de «simplificar a vida», como se pode ler no primeiro capítulo.

«Destralhar» não é organizar ou arrumar. É deitar fora tudo o que não tem utilidade e traz energia negativa. É uma tarefa que pode demorar algum tempo já que muitas pessoas levam anos a acumular coisas inúteis.

Antes de passar à ação, Paula identifica erros fulcrais que tornam a num caos como, por exemplo, ir adiando sempre a limpeza, ter uma entrada caótica, comprar caixas para organizar, desconhecer o tamanho real da habitação ou mesmo habituar-se a viver entre a confusão. Estes são fatores que podem passar despercebidos mas que, no dia-a-dia, fazem toda a diferença.

Para ajudar a perceber o essencial do acessório, a autora chega mesmo a distinguir quatro tipos de tralha:

  • A tralha comum, ou seja, os objetos que nunca foram usados, que se acumulam em mesas, garagens ou arrecadações.
  • A tralha simbólica, que afeta inconscientemente de forma negativa: por exemplo, os presentes de que nunca gostou ou memórias de ex-relacionamentos.
  • A tralha energética, que simboliza todos os objetos que desgastam, como os móveis, os presentes ou velharias.
  • A tralha mental e emocional, que se reflete na acumulação de tarefas e numa sensação de estar preso ao passado e sem estímulos.

Ao tomar consciência destas diferenças, o livro sugere alguns itens que podem ir logo para o lixo tais como maquilhagem fora do prazo, sapatos velhos, esponjas de lavar pratos, pilhas de revistas e jornais, especiarias velhas, escovas de dentes, flores artificiais velhas, almofadas de cama que não se usa, roupa interior velha, etc…

Tendo em mente os princípios básicos do feng shui que defendem a utilização de símbolos, a valorização das ligações energéticas ou a criação e espaços vazios, Paula dá sete dicas que podem aligeirar a vida:

  • Aderir ao online para reduzir o fluxo de papelada.
  • Ter cuidado com o lixo eletrónico para não ser bombardeado com informação.
  • Diminuir o número de cartões para emagrecer a carteira.
  • Ter apenas um saco reutilizável e não uma dezena deles que não são usados.
  • Substituir os post-its pelos quadros de recados, evitando o caos visual.
  • Concentrar tudo num caderno.
  • Reciclar regularmente.

No final do livro, para além de um quadro de tarefas semanais e mensais para manter a casa «destralhada», lê-se um poema de Carlos Drummond de Andrade que vem mesmo a calhar:

«Casa com vida é aquela que a gente arruma para ficar com a cara da gente. Arrume a sua casa todos os dias…

Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo para viver nela… E reconhecer nela o seu lugar.»

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